quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Caucasia is listening at six pm



Hey Caucasia, listen to me
Hear my voice
Tell me there or no where
You look so beautifull Caucasia
You look so peacefull, so flavourous
I dreamed a dream called Caucasia
Where the mankind is good, where the dreams come true
Where there is no greed, no jealousness, no evil, no inteligent design
A place with love, sharing people, friendship and sons
I dreamed a dream that is called utopia
I want to be there all the time, where there is no death,
no existance at all, no concepts, no feelings, just peace,
and nothing more

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Acid Reality

The reality is not flat
Maybe you need special glasses to see it
Come with us, dive into the acid tunnel
Feel the pain with the salvation and enjoy

Borgão

Ele estava sentando, num banco, a ver navios,
Ele mesmo chegou, tímido, uns cincoenta anos mais novo,
Ele conversou com Ele, e se reconheceram como um todo em transição temporal e psicológica,
gostos diversos, sentimentos diversos
Mas ainda sim eles mesmos...

A realidade então esfarelou-se num livro de areia...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Contradição

Seria a morte prazerosa?
Talvez livrar-se da oxidação constante em nossos pulmões seja um alívio.
A vida é linda, mas há um preço a se pagar: o preço da perda, da saudade dos que foram, e dos que estão por ir. Seus queridos que jamais estarão por aqui novamente, fazendo a história.
O homem é muito enigmático. Ora toma pela razão a única via, ora se espelha nos sentidos para dar sentido à vida.
Por isso ser hedonista é a solução.
Ser racional e curtir os prazeres do agora.
A espera pela minha partida nunca foi tão especial. A curiosidade pelo instante derradeiro. “A vida inteira passando pelos olhos”. Não é o que dizem?
Talvez não seja irracional a vontade pela partida, mas o contrário.
Talvez seja o ato mais racional já tomado por um ser humano. Buscar a verdade. A verdade por trás de toda esta história enfadonha e cruel. A verdade por trás desta dúvida insaciável e corrosiva.
O que é a vida realmente? Porque a importância que damos a ela? Só por acabar?
Então se fosse pela perda, deveríamos prezar um lápis tanto quanto a vida.
Ele tem seu propósito, mas enquanto cumprir seu ofício está fadado ao fim.
Assim como nós. Enquanto cumprirmos o nosso dever na vida – que é o de viver – estaremos fadados à morte. Porém se não cumprirmos nosso dever e adiantarmos o curso espontaneamente, escolheremos a morte.

Isto é maravilhoso: escolher a sua hora.
Somente os fortes têm essa coragem, esse peito, essa racionalidade, ou loucura, que seja.
O que é ser louco afinal?
Estar fora da realidade?
Mas o louco também vive, na realidade que escolheu para si.
A realidade é subjetiva, temporal, espacial.
A realidade de um louco tem uma vantagem: ela pode mudar de acordo com sua escolha.
A nossa é esta e devemos nos adaptar.
Adaptar-nos ao sistema, como dizem.
Deixar de sermos seres humanos e passarmos à robótica rotina do “acordar-trabalhar-voltar para casa-dormir”.
Até quando seremos escravos desse nosso sistema?

Talvez sejamos mais loucos do que os loucos.


A nossa moral nos tornou cegos e céticos quanto a novas realidades/sistemas de viver.
O artista é o menos louco de nós. Ele pelo menos expressa sua normalidade, também chamada de genialidade, em seus papéis, sons, imagens.
Devemos nós expressar a nossa realidade e anseios no que podemos então.
Esquece esse sistema que te escraviza.
Toma por verdade o seu mundo particular.

i cant stand it anymore



Sabe aqueles dias em que sua vida se torna tão especial diante de seus olhos que sofre por perdê-la, mesmo que seja no futuro?

Channel

Tu me és o delírio / A ilusão fatal / O joker de minha tragédia / A essência de minhas angústias

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Experimental



a sensualidade é latente
a capacidade de hipnotizar com um simples movimento e respiração
cola suas curvas em mim
me sopre um cálido hálito de paixão e desejo
vamos dançar...

Bigelf mind

Money! It's pure evil!
It changes, well it changes people!
Yeah! Money, it's your best friend!
Until it leads you, to bitter end...

Black Label Society

Não me lembro da última recaída, do último gole,

Que infinita saudade sinto de ti no meu querido cálice, para me deliciar com teu sabor,
Sorver teu valor intrínseco, tuas propriedades mais fundamentais, teu preço, teu apreço,
Teu malte, tua ressaca, a depressão que tu me causas, as euforias, enfim, a tua embriaguez.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Essa é de Queirós

Ontem eu estava meio Jacíntico, macadâmico, amante das estradas, dos edifícios, dos carros, dos trens da cptm, e dos metrôs, dos ônibus urbanos e intermunicipais, das mariginais, das pontes e avenidas bandeirantes, que chegam à minha querida andreense, cheia de seus vícios, noites, bares, sextas-feiras agitadas, trânsito das 6 às 6, enfim, tentando me inserir nesta sociedade doente, e achando isto bem saudável e contribuinte à minha suma felicidade.





Hoje, talvez eu esteja mais pra Zé Fernandes, franciscano, amigo dos lobos agubios, querendo pisar à relva, pular uma sebe, me sentir um símio, um bicho entre bichos, respirar o bafo eucalíptico do vale do paraíba, olhar as serras do mar e mantiqueira, andar por aí, foco no vento, sem consciência, sem alma, sem mim...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Oops sensation!

Resignação, silêncio, apenas um olhar reprovador,
Torpor cerebral junto a uma falta de vontade de se mover,
Os nervos travados como que numa piscina de gelo,
Uma tremida na pálpebra direita superior só para identificar o nervosismo,
Um sorriso amarelo para a sociedade como quem nunca foi tão feliz, e amarelo,
Uma pose robótica, estática, risonha, falsária, estranha,

Simplesmente aquela sensação "oops!", já dita por Alfie...

sábado, 23 de outubro de 2010

Now! Just vodka

O álcool dá vida a palavras contidas
Lubrifica as relações, mata os tabus
Faz-se notar à distância, no olhar, no andar
É o facilitador para o amor
Um elixir que não é da vida eterna,
Mas uma ilusão perfeita de uma vida sem problemas,
Sem traumas, sem frescuras, sem putarias

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Life on Art

Volto-me para mim e deparo-me a mim mesmo,
Tentando deparar-se a si próprio como quem olha-se num labirinto de espelhos,
Vejo o caminho fundo e infinito, observo várias facetas de uma mesma pessoa,
Observo uma mente inquieta, insegura, insone, roqueira, rapariga, noviça
Uma vida madrugadeira, burguesa, beberrona, escondida, mascarada, playba, empaletada
Um destino incerto, explosivo, novo a cada dia, surpreso, aventureiro
Um rapaz qualquer, comum, repetido nesta sociedade de cópias
Copiado por dezenas, cópia de centenas
Máscaras, palcos, cortinas e aplausos. Essa é a minha vida!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Cara, tô cansado!


Me cansei de ser o melhor em tudo
Me cansei de falar trocentos idiomas
Me cansei de ter O carro do ano
Me cansei de ser um pleiba empaletado
Me cansei da minha namorada com silicone
Me cansei do meu futuro promissor
Me cansei da minha avenida paulista
Me cansei do meu cabelo engomado
Me cansei de balas e baladas
Me cansei de fazer caretinha e reclamar
Me cansei de microfones, fotográficas, monitoradores
Me cansei de ser rebelde
Me cansei de ficar cansado
Me cansei de ser o mais novo cidadão desta de cultura neandertal, quero dizer, ocidental

"a vida, se transformou numa interminável fantasia masturbatória pré-empacotada" - vá 

Sad and tired eyes

O cansaço está inibindo as minhas faculdades agora.
Agora, o cansaço.
O foco está fugidio e as palavras custosas a seguirem o curso.

Peace, Man!

A verdadeira paz
Está fora daqui

Desse lugar atônito, pulsante, frisante
Dessas pedras pixadas, lavadas, vidradas
Desses semáforos, vermelhos, amarelos
Desses paletós em espantalhos copiosos,
Dessas caras civilizadas, robotizadas, alienadas
Desse apinhamento de pessoas
Dessa multidão de informação
Dessas palavras de insatisfação e punição
Dessas falsidades hierarcaicas

A verdadeira paz
Está bem longe daqui

Então, é pra lá que eu vou

domingo, 11 de julho de 2010

Obey Caucasia! Obey!

Maybe some place has no hate
Maybe some place has no fate
May be nice

Wounds are not found
Scars are not from proud
Souls do not cry aloud

Children of horror cannot be made
Minds of terror cannot be trade
Hearts can stay on safety

Maybe someplace
May be some day

segunda-feira, 5 de julho de 2010

min kära vän

Velhos barbudos tem muito mais do estória pra contar
eles possuem a dádiva da experiência
a relíquia da sabedoria
a inocência na rabugem
e a razão na pele fria
a compaixão na íris vazia
o conforto de uma vida com primazia
uma dicção muito aravia
percepção algaravia
como águias após a troca do bico
voam retos, com nostalgia
lembrando-se de quando vida havia
Psiu! Silencio! Vovô está dormindo e não gosta de ser incomodado depois do almoço.
Boa noite de sono meu velho amigo. Descanse em paz.

Jethro


eu tenho sede e avidez
eu tenho ânsia e solidez
eu tenho força e sorratez
eu tenho a peça do xadrez

eu quero mergulhar na poça d'água
tomar a pílula e escolher a verdade
eu posso me amargar num lago de dor
ou atravessar um espelho de conexidade

posso fazer um an passant
e deixar-te com o gosto da debilidade
mas eu vou é me postar adiante
como um caixeiro besouro da realidade

no seu mundo haverás pó, gentios e alienalidade
um universo de pedras gebas e sem utilidade
no meu quarto me tranco e fujo da futilidade
não quero nem os restos deste paraíso da imoralidade

From blue eyes on the wildness

terça-feira, 15 de junho de 2010

Caminhada matinal...

Desta vez a rua está nevoenta para mim
Logo agora em que eu queria partir
O frio, a garoa, o sussurro do vento, me barram
O suor, o calafrio, o tremor nas estranhas entranhas, me travam
Quero novamente uma nota grave, mas suave desta vez
Grave, avarenta e calma
Como o grito de uma colina, sujo, rouco, dissonante, mas confortante
Talvez me dê coragem
Ou talvez me deixe aqui...
...no meu cobertô

Buenaventura

A mente que mente nem sempre sente que mente
A mente que mente, mente pra gente que sente
A gente que sente, mente e desmente.
Mas que mente!?
Oras, quem mente é a mente que mente pra gente.
Mas que mentes?
Mentes mentem o tempo todo como quem mente para a própria mente numa grande mentira que mentirosamente se tornou a verdade!

terça-feira, 1 de junho de 2010

The power to say no



At the 90's the people started to think in what kind of heck system we live and what chances do we have to be happy with all that stuffs about religion, guilty, preconcepts, segregation, social groups, economic blocs, social values, the media influence, conduct rules, etc.


Prepair to start a lie

Prepair to enter the stage of life

Don't move your eyebrows, don't tremble your eyes
Don't show any sign and don't mess up the disguise
Don't drop your black masks, don't say nonsense things
Don't do this, don't do that, don't show what you feel
Don't smoke it, don't drink it, don't be a foolish man
Don't listen, don't taste it, don't breathe and don't see
Don't be mad, don't be freak, don't be glad, don't be geek
This way don't works, that is the worse
This clothes don't match, even the hat
Don't make up your teen skin, don't eat mexican beans

It is dangerous there, out there
Out there of you
There are jealous people looking for you
It is strange there, out there
All in the world
All those jerk people are trying to be dull 

You're trying to run but there risks on the streets
A life on a cage fits better on you
Don't grow, don't marry, don't get old, don't play any chess
Don't birth, don't learn, don't live and don't get my bless

domingo, 30 de maio de 2010

Praying & Playing


Are you asking if it hurts?
Are you asking if it burns?
Are you asking if it's enough?
Are you asking if it's another bluff?
Do you want to leave me now?
Do you want me sober and down?
Do you want to see me out of bounds?
Do you want to withdraw me another pounds?
Are you searching for a tear?
What are you searching my dear?
Are you searching for revenge?
What do you intend?

What are you searching is here?
This obscure room was warm and keen
Now it just left behind
Old memories and moments kinds

Don't take me out
Don't take me in
Just don't take me anymore
Don't make me wounds
Don't heal my scars
Just let me taste my own illness

It's All For Sale

We're trapped in this giant aquarium
Living with this massive madness
Do not buy this craze
Do not become the product of this society  
Sex for dollar, pleasure for slavery,
We are slaves to what please us
I ask you what pleases you most?
You need to pay?
...
If you shop enjoyment and ephemeral paradises
you'll have the right to shit in the world
It's free,
Then mix up and mash up if you desire
Make up with this shit
So tell me
What is the flavor?
Pleasant?
Payable?
Rewarding?
I'd like you to become human again

I do not relate with pigs
Dirties and without rationality
Without integrity or any kindness
You're still a pig
I still feel your stink

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O tesouro da humanidade...

Não sei
Mas tenho um palpite
Deixa pra lá

Censurado pelo superego

É no abismo que evoluímos
É com a perspectiva da perda que atribuímos valor
É da nossa laia este tipo de atitude
Somos uma corja de egoístas
Queremos um Deus para nos assistir
Dar-nos tudo de que precisamos
Amor, reconhecimento, vida após a morte, confiança
Somos fracos
Precisamos de espelhos
É triste

Janjão


Fome e sede de conhecimento
Sede e ânsia de acontecimentos
Ânsia e nojo pelo que realmente acontece
Nojo e tristeza pelo que é valorizado
Tristeza e saudade de minha infância

Saudade de quando eu não sabia e era muito feliz...

Nós somos, eles serão


Um olhar penetrante, brando, fixo, depressivo e tão vivo
Potentes são suas cores, torneando uma pupila negra, culta, sem fim
Um personalidade mística, inacessível, inconveniente
Uma genialidade experimental, teórica, onírica, inatingível, essencial
Muito do que eu sou, gostaria de ser, de jogar fora ou melhorar
Humano, apenas uma pessoa dentre todas
Doente e cansado de coisas triviais
Sensível ao som do vento, duro ao mundo como rocha
Pálido na essência depressiva, convicto na imagem televisiva
Condenado a este grande aquário azul como todos
Incansável é sua busca pela liberdade de sua alma, corpo, vida, que seja
Rebelde das nobres causas, egoísta nos seus amores
Faz da música e canções seu refúgio, seu esconderijo
Atrás de máscaras sociais, comportamentais, familiares
Dual e incauto
Se expõe na multidão
Melhor maneira de permanecer no anonimato com suas convicções
Finge um ser que ele mesmo o é, mas não pode demonstrar suas fraquezas
Torna-se um ícone pelo que desejou não ser
Ama este mundo
O odeia por isso
Enoja-se pelos ignorantes da arte humana
É chato, imprudente, vaidoso, e é amado

I am sick of this stupid world


Trick:
We try to lead our normal lifes
just like the end is not comming
but the time became an enemy
then you're tired, old, scared, alienated
lying in a bed, coughing, cursing, languishing

Epiphany:
God!Hear my voice!Take me as your son!
Makes me wiser! Give me comprehension!

Silence...
Turbulent silence...

Just the bass of my heart
Just the yell of my veins

I see no father down here
I am alone. I am by my own
It's just like a movie, when the hero dies at the ending
It entertains

Special:
Lighting comes from everywhere
The heat is burning my soul
The pressure blows up my eardrum
I am a dust of a star
I am finaly free

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Chilena

Uma cadeira à minha frente com quatro sombras projetadas num piso framboesa perolado
Uma música de fundo, mpb pra variar um pouco
Uma voz rouca, suave, fêmea e bem sensual
Pedi o de sempre: taça do vinho da casa com um à parmegiana
E lá vem Ela! Levanta com seu corpo totalmente curvilíneo com aquele balanço do pecado
Quando retorna, noto algo de diferente: decote mais aberto e, hm, que coxas incríveis
Um sorriso discreto brotou-me e a recíproca foi inteiramente verdadeira
Ofereço-lhe um pouco de vinho e ela aceita docemente com aquela boca deliciosa cor de cereja
Seu pescoço à mostra, sob um channel estiloso, me é tentador
Me vejo ao seu lado tocando-lhe ao braço com as pontas dos dedos
Sinto seu cheiro ao chega-lá em mim: por coincidência, carmim
Seu nome eu já não mais me lembro
Sua voz, lembro me do sotaque do interior
O vinho era Santa Helena, certamente

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Metonimiação

Há falta de pressão nos tímpanos
Há excesso de excitação no ar
Não há energia suficiente para pensar
Há um travesseiro bem confortável para deitar
Rarefeito torna-se o respirar
Concentrado o maquinar
Me cansei das paranomásias
Tentarei às sínquises
Anaforando tudo com aforismos aliterados
Numa linguagem figurativa de metáforas
Que eufêmicamente são legaizinhas

Within the crowd


I like to mix me up among the crowd to pretend to be normal
... having strange life, secrets and fears that I keep to myself
I like to go around wasting my shoes and socks
... looking at a bright star in the sky there on the horizon
What I like, you know
And when I make it you surrender
I like to tell stories, listen to good music, eating like a monster
... Sleeping on a warm blanket and listening the tv
I like to hear her sing out of the tune on idle sundays
... To be like that, like everyone else, different from anyone else

segunda-feira, 10 de maio de 2010

System of a heck down

Perguntar-se dos "por quês" das coisas tem sido encarado como coisa de idiota.
Questionar esse sisteminha barato que nós cumprimos todos os dias não está nas manchetes.
Alguns possuem este sentimento mais desperto, outros, nem sequer sentem.
A essência de nossa existência, vagando por este mundão, ainda não foi desmitificada.
Por isso, todos vão nadando, ou melhor, boiando, ao favor da corrente.
Somos um bando de patos migrando para o sul sem saber do inverno que virá.
Apenas seguimos nossas "escolhas livres arbitrárias" sem propósito algum.
"Mas afinal, alguém tem que ser o líder. Serei-o eu pois então!" diria o mais espertinho da tchurma!
Estou tentando angariar adeptos, amigos, mercenários, arruaceiros, badernistas criados a leitinho com pêra, o que for.
Só não aguento mais seguir essa ladainha imposta antes de eu nascer.
Não o brasil, mas o homem. Mostre a sua cara!
Precisamos de mais, precisamos de mil, precisamos é salvar o nosso Brasil!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Esquecidos...

Os pés se mexiam esperando algo no meio da noite.
Pra lá e pra cá.
As vezes só pra lá.
Esperam o sono decerto.
Ou esperam apenas serem vistos, afinal eles fazem sempre o trabalho sujo e não são muito notados nem ovacionados como as mãos, "aquelas frescas que vivem se lavando antes de fazer alguma coisa que se julga importante".
Andar é que é fundamental.
Há revolta no coração dos pés.

Hora do descenso...

Essas horas que meu quisto cebáceo cresce pelas picadinhas de uma pulga sarnenta atrás de minhas orelhas.
Porque a tarde nublada não pode ser inspiradora?
Afinal as Cumulonimbus também são belas, bem como suas irmãs: Nimbostratus, Stratocumulus, entre outras ninfetas que visitam ou habitam nossos céus.

Inquietude...

Um calafrio me percorreu esta noite.
O corpo todo tremia.
Algo parecia errado.
Meus sonhos se agitaram.
E de sonhos foram a pesadelos.
Quando me dei por conta,
puxei o cobertô!

Scar faces Scar

O amor não é uma panacéia.
Não o é.
A cicatriz é necessária.
Faz a pele engrossar e mudar de cor!

Tongue

deixe-me concentrar
parafraseando:
concentrar-me a concentrar!
sentar e centrar minhas forças
para consertar o que me concerne
e no cerne desvendar, vender meu peixe, me aquietar

Parábolas Socrásticas

acabaram os alcassuzes
estou com dor de cabeça
não quero brincar de forca
não quero nem mesmo um abraço agora
pelo menos agora não
sou um mímico mudo
dá no mesmo...
acho que está na hora de minha cicuta diária!

Essa Vida de Cidade Grande

Essa vida de cidade grande.
Essa vida de pessoas pequenas.
Essa vida de barulho, ópera, museu.
Essa vida de enxofre, cimento e rodas.
Essa vida noturna, diurna, insone.
Essa vida teatral, cinemática, televisiva.
Essa vida laboriosa, populosa, curiosa.
Essa vida de islão, cristão, exu.
Essa vida debaixo da terra e viadutos.
Essa vida de circo no farol e prefeitura.
Essa vida de progresso e evolução.
Essa vida de acesso à informação.
Essa vida de voto eletrônico e pé no chão.
Essa vida de moda, vitrine e comunicação.
Essa vida de saúde, transportes e educação.
Essa vida.
Humpf! Essa vida é a que eu escolhi.

Medo

Tenho muitos medos.
Mas meu maior medo é de ter novos medos.
E me tornar medroso, fraco, acuado.
Quero enfrentar a vida, desafiá-la, amá-la.
Abrir os braços e deixar que o vento me leve.
Esperar pra ver onde vai dar.
Arriscar-me.
Fazer a diferença.
Destoar dessa maioria.

Fim de semana

Quero ler um bom livro.
Distrair-me com um bom filme.
Ouvir uma boa música.
Confortar-me de sua companhia.
Até que chegue a hora.
Preparar-me para o que há de vir.
As perdas.
O ciclo é esse.
Perder a referência. Tornar-se a referência. E assim vai.

Highlander

Seria a morte a única via para a eternidade?
Ser eterno.
Durar o quanto for.
Até tornar-se inútil, ultrapassado, velho, carcomido.
Envelhecer por dentro é pior do que por fora.
A mente deve estar preparada.

Brisa de Moleque

Sinto a vida passar rápido, soprar calidamente em minha face.
Fecho meus olhos, sinto o mundo à minha volta.
Apenas o percebo pelos sentidos menos favorecidos.
Os dias têm sido breves.
As manhãs inspiradoras.
As tardes confortantes como colo de mãe.
As noites quentes, nos braços teus.

Não há o que reclamar, só o que clamar.
Clamar pela eternidade.
Escutar essa música incessantemente.
Por todo o sempre.
Repeti-la quantas vezes necessário.
Até que seja engolida pelo fim dos tempos.
Lá onde a eternidade é breve.
Onde o Nada impera. É absoluto.
Vazio.

M.O.P.H.O.N.E

Como eu aprecio a mulher.
Principalmente quando perde o pudor e se deixa levar pela situação.
E entre suores, carícias e suspiros, perde a compostura e se torna o que realmente é.
Mulher.
O melhor ainda está por vir:
Pode ser mordendo os lábios, contraindo os dedos dos pés, me prendendo a suas coxas como se fosse me quebrar em dois.

Sensual e enigmática!
Após o êxtase volta a ser o que não é.
Veste-se, põe o salto-alto e começa a se lembrar de questões feministas.
Sente-se exposta e fecha-se, pelo menos até o próximo “deslize”.

Como eu aprecio a mulher!

Wine at House

Tenho a minha vida para desperdiçar
As minhas escolhas para fazer
E antes de fechar os olhos
Serei eu quem saberá
O verdadeiro gosto da vida
O quanto foi importante para mim
As lágrimas serão minhas
De ninguém mais
Deixem-me drogar
Deixem-me usar
Deixem-me abusar
Deixem-me plagiar
Deixem-me clichear
Deixem-me morrer comigo mesmo

Mesquinharias à parte...

Onde está meu trombone
Quero entoar um maremoto
Grave, avarento
Quero a minha vida de volta
Aquela mesmo
A de antes
A inocente, indecente
Ouvi dizer uma vez que o saber é diretamente proporcional à tristeza do indivíduo
Não sou sábio,
Feliz,
Talvez menos até.
Sou grave
Sou avarento.