quinta-feira, 20 de maio de 2010

Chilena

Uma cadeira à minha frente com quatro sombras projetadas num piso framboesa perolado
Uma música de fundo, mpb pra variar um pouco
Uma voz rouca, suave, fêmea e bem sensual
Pedi o de sempre: taça do vinho da casa com um à parmegiana
E lá vem Ela! Levanta com seu corpo totalmente curvilíneo com aquele balanço do pecado
Quando retorna, noto algo de diferente: decote mais aberto e, hm, que coxas incríveis
Um sorriso discreto brotou-me e a recíproca foi inteiramente verdadeira
Ofereço-lhe um pouco de vinho e ela aceita docemente com aquela boca deliciosa cor de cereja
Seu pescoço à mostra, sob um channel estiloso, me é tentador
Me vejo ao seu lado tocando-lhe ao braço com as pontas dos dedos
Sinto seu cheiro ao chega-lá em mim: por coincidência, carmim
Seu nome eu já não mais me lembro
Sua voz, lembro me do sotaque do interior
O vinho era Santa Helena, certamente

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